Sejam bem-vindos ao primeiro artigo do nosso blog Cobalto Metalomecânica. Neste artigo vamos falar dos cuidados a ter com os equipamentos no pós-vindima.

Como enólogo e contra mim vou falar, muitas vezes mal acabasse a vindima limpava os equipamentos usados no processo e não fazia qualquer manutenção dos mesmos o que é um erro crasso dado que alguns equipamentos só se vão usar daqui a 10 a 11 meses. Outros equipamentos como bombas que são muito usadas, não só no sentido de estarem a trabalhar muitas horas seguidas num curto espaço de tempo, mas também por fazerem trasfega de material mais denso o que provoca um esforço a nível de motor.

Para que possa fazer uma manutenção adequada do seu equipamento deixamos aqui algumas dicas dos 5 cuidados que deve ter no pós-vindima:

1 – Desengaçador

É extremamente importante que mal termine a vindima e se faça a devida desinfeção, seja feito um teste com o desengaçador a trabalhar sem uvas no seu interior. Assim que esteja a trabalhar, o tipo de barulho que tem de fazer é um barulho contínuo e como diz o nosso técnico Sr. Pinto da Cobalto Metalomecânica não pode fazer o barulho de um “comboio”, pois este tipo de som não é contínuo porque parece que sentimos que existe um leve salto no interior do desengaçador.

Esta anomalia de trabalho do desengaçador pode ser devido a vários fatores como folgas nos rolamentos, correias, correntes de transmissão, entre outros…  e caso verifique este som com um trabalhar que não é contínuo, aconselhamos a contactar a nossa equipa técnica.

Caso verifique que o nível de óleo do moto-redutor está abaixo do nível indicado, deverá ter dois cuidados: o primeiro é assegurar-se qual é que tipo de óleo mais indicado para repor o nível e o segundo cuidado é ver se o equipamento continua a perder óleo. A perda de óleo pode estar relacionada com fugas e, caso se verifique, pode contar com a nossa equipa para o ajudar. De igual importância é a lubrificação de todos os rolamentos com um lubrificante adequado.

2 – Bombas de massas (bombas Mono)

Esta máquina durante a vindima é a mais “mal tratada” porque está constantemente exposta a receber material como pedras, parafusos, plásticos, madeiras, entre outros objetos, que por alguma razão vieram nos balsões, nas caixas ou dornas com as uvas. Estes objetos podem danificar as palas do sem-fim e, como tal, aconselhamos que verifique como estão as palas (se estão tortas ou com algum rasgo) porque este tipo de objetos também pode ter entrado para o interior da bomba o que vai fazer com que esta perca força no envio das massas.

Caso tenha notado alguns destes problemas é importante que nos informe. A lubrificação no fim da vindima é fulcral para não desgastar as borrachas, principalmente o extrator. A verificação dos níveis de óleo nestes equipamentos também é bastante importante e, como dito anteriormente, a reposição do mesmo.

Deverá igualmente ter em atenção se existe perda de óleo, devido a retentores, e caso assim aconteça aconselhamos a que entre em contacto com a Cobalto Metalomecânica.

3 – Bombas Liverani

Estas bombas requerem alguns cuidados especiais devido ao seu rotor (turbina) ser de borracha. Como a turbina tem esta constituição não pode trabalhar em seco, isto é, não lhe pode faltar a alimentação (líquidos quando está a trasfegar), caso contrário a borracha ficará agarrada ao corpo de bomba que é em aço inox e vai provocar a rutura dos palhetes do rotor. O conselho da equipa de manutenção da Cobalto Metalomecânica é verificar qual é a parte em causa da bomba e lubrificar a mesma. Outro cuidado a ter é relativo ao empaque mecânico, que tem de se trocado cada vez que se verifica derrame de líquido (vinho) quando a bomba está a trabalhar. E como temos vindo a falar nos itens anteriores, voltamos a frisar a importância da verificação do nível de óleo das bombas liverani.

4 – Bombas GT´s

As nossas bombas preferidas enquanto técnicos de metalomecânica durienses são as bombas GT, devido à sua polivalência, pois conseguem fazer todo o tipo de trabalho, desde trasfega até à limpeza de poços. Assim sendo, necessitam de uma manutenção adequada e vigilância regular. Regular porquê? Porque estas bombas são diferentes das outras todas, nomeadamente, o tipo de empanques, vedantes, esferas, colarinhos, correias e peças de variação de caudal.

Caso verifique que a bomba está a verter, com pouca força nas trasfegas, com ruídos estranhos quando está a trabalhar ou com problemas elétricos quando tenta desligar ou ligar a bomba no comando, pedimos que entre em contacto imediatamente com a nossa equipa.

5 – Mangueiras

Felizmente todos os técnicos de enologia com quem temos trabalhado sabem melhor do que ninguém como desinfetar as mangueiras de trasfega sempre que estas são utilizadas.

Porém, por vezes, encontramos alguns projetos mais pequenos de adegas que estão a começar que fazem algumas emendas nas mangueiras tipo “Old School” como por exemplo quando existem mangueiras furadas, fazem um desenrasque com câmaras, envolvem a mangueira em câmara de ar e dão um nó. Não aconselhamos esta prática de todo porque uma mangueira furada que é remendada não é tão eficaz como uma mangueira em perfeito estado. Por isso, se tem uma mangueira furada o melhor a fazer é comprar uma nova.

Precisa de conselhos sobre a manutenção de outros equipamentos? Entre em contacto com a nossa equipa.